"Estamos apostados em continuar [a trabalhar] para reduzir esse rácio", garantiu Filipe Nyusi, durante a abertura do novo ano letivo - cujas aulas arrancam na terça-feira - no distrito de Muembe, província de Niassa, no norte de Moçambique.

No quinquénio anterior (2015-2019), o rácio aluno por professor ficou em 65 e com a contratação de 47.944 professores espera-se que, a par do crescimento populacional, caia para 61, segundo Filipe Nyusi, acrescentando que o crescimento da população condicionou os resultados.

"O senso de 2017 mostra que a população cresceu e as salas tinham sido feitas quando éramos menos", disse o chefe de Estado.

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique conta com 8,4 milhões de alunos no novo ano letivo, um aumento de 4,7% em relação a 2019.

Cerca de um milhão frequentará o ensino secundário, enquanto a maioria são alunos do ensino primário (do primeiro ao sétimo ano de escolaridade).

A integração de crianças e jovens com necessidades especiais é um dos aspetos que o Presidente moçambicano destacou hoje para o novo quinquénio no setor da Educação.

O currículo de formação de professores vai contar com conteúdos sobre necessidades educativas especiais para "munir os formandos de competências para assistir esses alunos", avançou Filipe Nyusi.

O ministério contava contratar 12.894 professores para o novo ano letivo, mas as dificuldades financeiras só lhe permitiram contratar metade, esperando suprir o défice logo que haja disponibilidade por parte do Ministério da Economia e Finanças - o que tornará possível reduzir o rácio dos atuais 65 alunos por professor para 62.

LFO // LFS

Lusa/fim