Os 25 estudantes, todos do ensino superior, partiram de Lisboa e deverão chegar hoje à noite ao território, explicou a chefe do departamento de licenciamento e inspeção da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, Inês Chan, em conferência de imprensa.
Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar.
Como Portugal ainda não foi classificado como alta incidência epidémica os estudantes não têm de fazer quarentena ao regressarem a Macau, explicaram as autoridades do território.
Segundo as autoridades, 340 residentes de Macau estudam em Portugal, onde as escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto Covid-19, anunciou quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.
Também na quinta-feira, o Governo de Macau disse que se o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal continuar a aumentar, o território pode impor uma quarentena de 14 dias à entrada em Macau.
"Atualmente o número de casos não é tão elevado", afirmou a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Contudo, frisou, "caso houver aumento de casos confirmados em Portugal", ou se houver "casos importados" em Macau provenientes de Portugal, o território pode colocar o país que outrora o administrou na lista de alta incidência epidémica de Covid-19.
Na terça-feira entrou em vigor a imposição de uma quarentena de 14 dias para quem tenha estado na Alemanha, Espanha, França ou Japão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.
Esta medida vigora também, há algumas semanas, para as pessoas provenientes da Coreia do Sul de Itália e do Irão.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.
Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.
A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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