Rute Cardoso, viúva de Diogo Jota, foi alvo de duras críticas por ter utilizado um vestido curto na homenagem feita ao jogador em Liverpool. Sendo que já foi justificada a escolha: era o vestido que o internacional português mais gostava de ver a mulher a usar.

Leia ainda: Diogo Jota – A forma que a viúva encontrou para manter memória do craque ‘viva’ em homenagem

“O homem com quem partilhou uma vida deixou de respirar. Ela não. Ela ficou”

Entretanto, já muitos vieram a público defender Rute Cardoso e um deles foi Pedro Chagas Freitas. Esta quinta-feira, 17 de julho, dia em que se completa 15 dias da morte dos dois irmãos, o escritor deixou um texto nas suas redes sociais em que se focou na viúva de Diogo Jota.

“A Rute acabou de perder o marido. O homem com quem partilhou uma vida deixou de respirar. Ela não. Ela ficou. A tentar descobrir como é que se respira agora, a tentar perceber como se diz às crianças que o pai morreu, que não vai voltar, que o abraço que pedem antes de dormir vai ter de ser inventado — ou substituído por silêncio. Mesmo assim, há idiotas que se dão ao luxo de analisar o vestido que ela usou quando foi a Liverpool. Criticam, disparam julgamentos, sentenças morais, fazem conjecturas mirabolantes, estapafúrdias, miseráveis. Como se o sofrimento tivesse um dress code”, escreveu, não escondendo a revolta e choque pelas críticas à viúva.

Pedro Chagas Freitas fez um ‘pedido’ a quem tem deixado cruéis comentários a Rute Cardoso bem como à restante família. “Isto não é um país; às vezes, é uma latrina. Um urinol moral: toda a gente alivia opiniões sobre a vida dos outros enquanto a própria apodrece em silêncio. A Rute está no interior mais profundo do túnel. Não precisa que lhe apontem o dedo; precisa que lhe segurem a mão. Se não fores capaz disso, cala-te”.

Veja também: Diogo Jota – O motivo que levou o craque a ‘recusar’ presentes dos convidados do casamento

Texto: Carolina Marques Dias Fotos: redes sociais