
O recuo dos principais títulos do setor da tecnologia provocou que o Nasdaq terminasse a sessão em perda de 0,60%, para os 10.853,55 pontos, e a semana a recuar mais de 4%. Se, por outro lado, o Dow Jones valorizou hoje 0,48%, para as 27.665,64 unidades, registou uma contração de 1,66% no conjunto da semana.
Exatamente o mesmo comportamento foi apresentado pelo S&P500, com um progresso mínimo no dia de hoje de 0,05%, para os 3.340,97 pontos, e uma descida semanal de 2,51%.
A operadora de mercado Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors, entende que "a correção ainda não acabou", referindo-se à brusca queda do Nasdaq, iniciada no final da semana passada.
Entre o recorde que estabeleceu na quarta-feira da semana passada e a forte perda que registou na terça-feira desta semana, o Nasdaq desvalorizou mais de 10%, o que significa uma "correção" no calão bolsista.
À semelhança do ocorrido na sessão de quinta-feira, este índice abriu em alta, mas começou a perder força pouco depois do meio do dia e acabou em terreno negativo.
"Desde que o mercado sobe, os vendedores regressam e fazem-no descer", observou Ogg.
O principal envolvido nestas operações de realização de ganhos é o setor da tecnologia, que conheceu uma valorização quase ininterrupta entre o início de abril e o fim de agosto, que lhe permitiu puxar o conjunto do mercado bolsista.
Neste contexto, o subíndice 'tecnologias da informação' do S&P500 apresentou uma perda agregada de 0,75%. Individualmente, vários conglomerados fecharam em baixa: Apple (-1,31%), Amazon (-1,85%), Facebook (-0,55%) ou ainda a Alphabet (-0,67%), a 'holding' da Google.
Contudo, para Maris Ogg, estes recuos não são alarmantes, pelo contrário, vê-os mesmo como sinais de um mercado sadio, que faz reajustamentos depois de um longo período de progressão.
Neste sentido, Ogg contrapôs que vários títulos de empresas cíclicas, particularmente sensíveis à conjuntura, subiram.
Foram os casos, exemplificou, da Nike (+2,80%), Caterpillar (+2,65%), Home Depot (+1,33%) ou ainda a 3M (+1,85%), todos integrantes do Dow Jones.
No campo dos indicadores, os preços no consumidor subiram nos EUA 0,4% em agosto, um ritmo inferior ao de julho, mas acima das expectativas dos analistas, que esperavam 0,3%, segundo os números publicados hoje pelo Departamento do Trabalho.
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