Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,29%, depois de cinco sessões, em seis, a subir, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,32% e o alargado S&P500 desvalorizou 1,23%:

Contudo, para Karl Haeling, de LBBW, "este recuo é mais uma correção técnica do que outra coisa", sublinhando que a praça nova-iorquina tinha vivido "uma recuperação em uma semana e meia melhor do que em ano e meio!"

Não obstante, o Dow Jones e o S&P500 estão sete por cento abaixo dos seus recordes registados no final do ano, ao passo que o Nasdaq está bem mais longe, a evoluir 40% abaixo do seu último máximo histórico.

Para Haeling, "algumas ações estiveram com uma procura muito forte, enquanto as obrigações do Tesouro apresentaram uma pressão para a venda" depois das afirmações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell.

Este advertiu que a instituição ia assumir uma posição mais agressiva face à inflação, o que provocou a venda de obrigações, e assim a subida dos rendimentos proporcionados.

Por outro lado, os investidores também se mostraram preocupados com o desenrolar da invasão russa da Ucrânia.

"As negociações para um cessar-fogo entre a Federação Russa e a Ucrânia prosseguem sem promessas, ao passo que os dirigentes da NATO se preparam para discussões com a participação do presidente (dos EUA) Joe Biden", realçaram, os analistas da Schwab.

As cotações do petróleo voltaram a subir, mais de cinco por cento no caso do Brent, superando os 120 dólares, devido à perspetiva de novas sanções contra a Federação Russa e os problemas em um terminal petrolífero russo, devido a uma tempestade.

Outra dificuldade no mercado de hidrocarbonetos veio do presidente russo, Vladimir Putin, que anunciou que ia deixar de aceitar dólares e euros em pagamento das suas exportações de gás para a União Europeia.

Por outro lado, Karl Haeling recordou que "hoje é o segundo aniversário do crash da bolsa de Nova Iorque quando a pandemia apareceu" nos EUA, em março de 2020.

"Não é apenas um detalhe anedótico, mas mostra que os desafios económicos com que nos defrontamos hoje, como a inflação, são o resultado dos efeitos da pandemia, mas também dos remédios económicos aplicados, como as taxas de juro muito baixas ou a injeção de estímulos", salientou.

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