Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average, o principal indicador de Wall Street, avançou 193,24 pontos (1,19%), para 32.151,71 pontos, enquanto o seletivo S&P 500 subiu 1,53%, para 4.067, 36.

O Nasdaq Composite Market, que reúne as principais empresas de tecnologia, cresceu 2,11%, para 12.112,31 pontos.

No fecho da semana, o Dow acumulou ganhos de 2,7%, o S&P 500 3,7% e o Nasdaq 4,1%.

A evolução de hoje na bolsa nova-iorquina esteve em linha com o registado do outro lado do Atlântico, visto que as principais bolsas europeias também terminaram com subidas superiores a 1%.

Todos os setores de Wall Street terminaram o dia com ganhos, liderados por empresas de comunicação (2,53%), empresas de energia (2,38%) e empresas de tecnologia (1,97%).

Entre as 30 empresas listadas no Dow Jones, destacaram-se os ganhos da Salesforce (3,62%), Caterpillar (3,47%) ou American Express (3,22%), enquanto apenas cinco empresas fecharam no 'vermelho', com as maiores perdas para a United Saúde (-0,25%).

Os ganhos sólidos de hoje, juntamente com os dois dias anteriores, permitiram a Wall Street encerrar uma sequência de três semanas de perdas, marcadas pela preocupação dos investidores com os efeitos que a política da Reserva Federal (Fed) dos EUA no combate à inflação.

O banco central norte-americano, que já aprovou vários aumentos de juros este ano e planeia anunciar outro este mês, deixou claro que continuará com aumentos agressivos enquanto for necessário, o que alimentou receios de uma retirada de capital do mercado de ações e uma possível recessão.

O Fed reúne-se nos dias 20 e 21, devendo optar por um aumento de 0,75 pontos nas taxas de juros, tal como aprovou em julho.

Segundo um relatório do Bank of America, a confiança dos investidores atingiu níveis extremamente baixos, situação em que os analistas da entidade recomendam começar a retomar a aquisição de ações.

Entretanto, outros analistas continuam a prever tempos difíceis para o mercado num futuro próximo, devido à inflação e as ameaças ao crescimento que as medidas anticovid na China e a crise energética na Europa continuam a representar.

Em geral, a previsão é de que se mantenha a volatilidade que recentemente dominou Wall Street, que depois de recuperar terreno no início do verão, sofreu durante boa parte de agosto.

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