O tecnológico Nasdaq estabeleceu mesmo um novo recorde, ao progredir 0,67%, para os 9.129,24 pontos.

Sem atingirem máximos históricos, mesmo assim, os outros índices apresentaram a mesma tendência de ganhos, com o seletivo Dow Jones Industrial Average a avançar 0,56%, para os 28.745,09 pontos, e o alargado S&P500 a valorizar 0,49%, para os 3.253,05.

Depois de ter aberto em ligeira baixa, devido aos ataques iranianos, durante a noite de terça para quarta-feira, os principais índices de Wall Street recuperaram rapidamente, acentuando os seus ganhos depois de um discurso do Presidente dos EUA ao fim da manhã.

Se anunciou a imposição imediata de novas sanções económicas contra o Irão, Trump não aludiu a respostas militares, afastando de momento o espetro de uma escalada regional, incluindo uma guerra aberta entre Washington e Teerão.

O inquilino da Casa Branca concluiu mesmo a sua mensagem dirigindo-se ao povo iraniano e aos seus dirigentes garantindo que os EUA estavam "prontos para a paz com todos os que a quisessem".

Para Art Hogan, da National, Donal Trump mostrou-se "conciliador".

"Pareceu que quis seguir em frente. Os seus comentários apaziguaram os investidores, pelo menos no curso prazo", referiu.

Por outro lado, "parece que o Irão quis acabar por enquanto com as represálias, mesmo que esteja a preparar ciberataques", prosseguiu.

Os investidores podem, portanto, segundo Hogan, voltar a focar-se nos elementos positivos, como a assinatura, prevista para 15 de janeiro, do acordo comercial parcial entre EUA e China, e no tom acomodatício da Reserva Federal e do panorama geral positivo dos resultados empresariais do primeiro trimestre.

A praça nova-iorquina também beneficiou da forte criação de emprego privado em dezembro, que alcançou os 202 mil, depois dos 124 mil em novembro, segundo o inquérito mensal do gabinete de consultoria empresarial ADP.

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