Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average concluiu com ganhos de 1,95%, para os 31.535,51 pontos, e o tecnológico Nasdaq valorizou 3,01%, para as 13.588,83 unidades, a sua progressão mais importante em um dia desde 04 de novembro.

Já o alargado S&P500 subiu 2,38%, para os 3.901,82 pontos, registando a sua subida diária mais forte desde 05 de junho.

"Na semana passada, toda a gente estava com algum medo por razões técnicas, relacionadas com a inflação", resumiu Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Servisses, recordando que a subida das taxas obrigacionistas tinha enervado os investidores.

"Hoje, isso está completamente esquecido, uma vez que agora concentramo-nos muito mais nas perspetivas da vacina da Johnson&Johnson e na aceleração do professo de vacinação nos EUA", sublinhou.

Quando Wall Street fechou hoje, a obrigação do Tesouro dos EUA a 10 anos apresentava uma taxa de apenas 1,42%, depois de ter atingido um pico de 1,60% na semana passada, pressionada pelos receios de um sobreaquecimento da economia que poderia reanimar a inflação.

O anúncio, feito antes do fim de semana de uma autorização das autoridades reguladoras da saúde dos EUA à vacina contra o novo coronavirus unidose da Johnson&Johnson, reforçou "o otimismo quanto a uma recuperação sólida no segundo semestre de 2021", sublinharam os analistas da Schwab.

Esta vacina norte-americana também deve ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento no início de março e distribuída a partir de fim de março e início de abril. Hoje, em Wall Street, a ação Johnson&Johnson ganhou 0,59%, a da Pfizer 0,63% e a da Moderna 1,67%.

Os investidores também foram tranquilizados por um bom indicador industrial. O indice de atividade do setor, estabelecido pelo ISM, subiu em fevereiro 2,1 pontos percentuais para os 60,8%, acima das expectativas.

Por fim, segundo Gregori Volokhine, o plano massivo de apoio promovido por Joe Biden, no montante de 1,9 biliões (milhão de milhões) de dólares (1,6 biliões de euros), "torna-se real".

Para este analista da Meeschaert Financial Services, "agora não se vê o que o pode parar", quando deve ser ainda votado no Senado, aprovado pela Câmara dos Representantes depois, "para estar na secretária de Joe Biden ante de 14 de março", data em que acaba o prolongamento da duração dos subsídios de desemprego.

Mas Volokhine realçou ainda outro dado conjuntural: "É preciso dizer que hoje foi o primeiro dia do mês, o que significa que houve muito dinheiro fresco a entrar no mercado".

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Lusa/fim