Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 2,39%, para os 21.200,55 pontos. Na terça-feira este índice conhecera a sua subida mais alta desde março de 1933, ao avançar mais de 11%.

Para este índice emblemático da praça nova-iorquina esta foi a segunda sessão consecutiva de subida, o que aconteceu pela primeira vez desde há mais de um mês.

Hoje, o Dow Jones beneficiou em muito do desempenho da Boeing, cuja ação progrediu mais de 24%, na que é a sua maior subida diária desde que está cotada. Os investidores parecem persuadidos que a Boeing vai ser um dos grandes ganhadores do plano de estímulo à economia em discussão no Congresso dos EUA.

Dos outros índices mais relevantes, o tecnológico Nasdaq recuou 0,45%, para as 7.384,29 unidades, ao passo que o alargado S&P500 ganhou 1,15%, para as 2.475,56.

Estes índices, que tinham evoluído em nítida alta desde o início da sessão, foram perdendo força até ao fecho perante a continuação da discussão no Senado sobre o plano de estímulos massivos à economia norte-americana.

Contudo, tinha sido alcançado um acordo no Senado na noite de terça para quarta-feira sobre o texto do pacote de ajudas, que ainda tem de ser aprovado na Câmara dos Representantes e assinado pelo Presidente, Donald Trump.

Mas, por enquanto, ainda não foi apresentado qualquer texto final nem anunciada a hora da votação no Senado.

As medidas podem mobilizar cerca de dois biliões (milhão de milhões) de dólares (1,8 biliões de euros).

Para J. J. Kinahan, da TD Ameritrade, a progressão do Dow Jones e do S&P500 nestes últimos dois dias deve ser vista com pinças.

Se estas subidas não são insignificantes, "ainda seria melhor que se ficassem numa zona onde os movimentos bolsistas fossem mais previsíveis, para que os operadores do mercado pudessem investir com um pouco mais de certezas", argumentou.

"De momento, é impossível porque não sabemos o que vai ocorrer no mercado nos próximos cinco minutos", relativizou Kinahan.

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