De acordo com informação da agência que regula o setor em Cabo Verde, em dezembro registou-se um movimento global de 48.188 passageiros em voos domésticos, em embarques e desembarques, nos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos do país. Como cada passageiro é contado no embarque e no desembarque (aeroportos diferentes), trata-se de um movimento equivalente a 24.094 passageiros em voos domésticos num mês.

Este movimento compara com os 36.073 passageiros em dezembro de 2021 (+33,6%), período ainda afetado pelas restrições impostas face à covid-19, e com o recorde (desde o início da pandemia) de quase 30.000 em agosto de 2022.

Em dezembro de 2019, antes da pandemia de covid-19, 71.425 passageiros foram transportados nos voos domésticos no arquipélago.

No mês passado foram contabilizados ainda 902 voos domésticos em Cabo Verde, contra os 707 em dezembro de 2021.

Os voos domésticos eram operados desde 17 de maio de 2021 apenas pela angolana BestFly, em regime de concessão emergencial de seis meses atribuída pelo Governo cabo-verdiano. A partir de 24 de outubro, a BestFly passou a operar apenas com a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV, companhia que adquiriu em julho de 2021), terminando o regime de concessão emergencial.

O grupo angolano BestFly comprou há mais de um ano 70% do capital social da TICV aos espanhóis da Binter, ficando os restantes 30% com o Estado cabo-verdiano, e concentrou as ligações aéreas domésticas apenas na TICV, que não operava voos comerciais desde 16 de maio de 2021.

Em 2020, os voos domésticos em Cabo Verde, operados então apenas pela TICV, movimentaram cerca de 125 mil passageiros, menos 286 mil (-230%) face ao ano anterior, face às restrições impostas pela pandemia de covid-19, e em 2021 subiu para 143.876 passageiros.

Os passageiros das ligações aéreas domésticas em Cabo Verde atingiram em 2017 o recorde de quase 465 mil (movimento total de 929.595 embarques e desembarques), com mais de 10.200 voos.

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