Organizado pela Air Timor, o voo 'charter' operado pela Mjet International sofreu vários percalços, tendo que ser adiado um dia na viagem entre Kuala Lumpur e Díli, de sábado para domingo passados, devido ao que a empresa explica ter sido "um problema técnico", pouco antes da partida.

"Retificámos o problema para garantir que cumpria todos os padrões internacionais de segurança aérea. Apesar de o problema ter sido resolvido, atrasou a hora de saída, o que implicava que não teríamos tempo para chegar a Díli e regressar antes das 18:00", explicou à Lusa fonte oficial da empresa.

"Por isso, foi decidido fazer o voo, com 150 passageiros, no dia seguinte, domingo", disse.

A Air Timor explicou que estava previsto que o voo regressasse a Kuala Lumpur com 100 passageiros a bordo nesse mesmo dia, tendo surgido "outra falha técnica, diferente, envolvendo o radar meteorológico, na viagem até Díli".

"Já que atualmente não existe nenhuma instalação de reparação ou apoio em Díli, nenhum passageiro foi autorizado a embarcar no voo, de acordo com as normas internacionais e de segurança da aviação civil de Timor-Leste", referiu.

"A Air Timor nunca comprometerá a segurança dos passageiros, apesar de poder causar inconvenientes à companhia aérea e aos passageiros", explicou.

Ainda que a empresa seja apenas responsável pela ligação entre as duas cidades, "todos os bilhetes de conexão de saída para o destino final, afetados pelo reagendamento do voo, estão a ser novamente reservados às custas da Air Timor", explicou a fonte.

No caso de passageiros estrangeiros e timorenses que estavam a partir definitivamente de Timor-Leste, a empresa providenciou ainda alimentação e alojamento "até ao reagendamento do voo".

A Air Timor apoiou ainda, com o Ministério de Saúde, a realização de novos testes à covid-19, que são necessários para viajar.

No caso dos 150 passageiros que entraram no país, "todos os procedimentos possíveis foram cumpridos", com os viajantes a terem de apresentar testes negativos de covid-19 e comprovativos dos locais em que vão cumprir a quarentena em Díli.

A empresa, explicou, organizou com as autoridades locais o processamento dos passageiros e autocarros para os transportar para os hotéis de quarentena.

"A Air Timor trabalhou em estreita coordenação com o Ministério da Saúde para garantir que não havia contacto entre os passageiros de entrada e qualquer pessoa sem equipamentos de proteção pessoal", referiu a fonte.

A Air Timor tem manifestado interesse e disponibilidade para a operação de voos 'charter' regulares de e para Timor-Leste, como forma de contornar as atuais restrições aéreas e para permitir a mobilidade dos residentes no país.

Timor-Leste tem atualmente um caso ativo de covid-19, com 27 doentes já recuperados, e está no seu quinto período de 30 dias de estado de emergência, com restrições nas entradas, tendo o Governo solicitado a extensão por mais 30 dias.

A Malásia permite que passageiros façam escala em Kuala Lumpur, mantendo fortes restrições à entrada no país de estrangeiros não residentes.

 

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