O INE explica que esta recuperação se deveu sobretudo ao melhor desempenho do comércio e assinala, contudo, que os dados não ajustados de sazonalidade e de efeitos de calendário apresentaram uma queda homóloga de 34,2%, contra uma diminuição de 38,0% no mês de abril.

Todas as secções apresentaram descidas, sendo as três com maior peso no índice o comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos; o alojamento, restauração e similares e os transportes e armazenagem.

O comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos registou em maio uma contração homóloga de 22,6%. Segundo o INE, apesar de ter recuperado 9,8 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, foi a secção que teve o maior contributo negativo para o índice global (menos 12,6 p.p.).

Já o alojamento, restauração e similares, apresentou o segundo contributo mais negativo, de menos 7,1 p.p. para o índice total, tendo registado uma queda de 73,1%, que compara com um recuo de 80,8% em abril.

O dados do INE permitem verificar que o alojamento caiu 94,2% em maio e em termos homólogos (menos 94,9% em abril) e que a restauração e similares passou da diminuição de 75,8% em abril para uma queda de 65,5% no mês de maio.

No caso dos transportes e armazenagem, há a assinalar uma queda de 44,7% em maio, inferior à registada no mês anterior (-48,0%), refere o INE, adiantando que a sua contribuição para o índice agregado foi negativa em 6,2 pontos percentuais.

Neste agrupamento, há a assinalar o comportamento negativo dos transportes aéreos, que apresentaram uma queda homóloga de 84,7% em maio, valor idêntico ao observado mês de abril e que tem a ver com os efeitos da pandemia de covid-19 neste tipo de transporte. Em termos mensais, o índice de volume de negócios registou um aumento de 10,3%, que compara com a queda de 25,4% verificada no mês anterior, realça o INE.

Os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, apresentaram quedas homólogas de 8,5%, 13,2% e 27,8%, respetivamente, contra diminuições de 6,3%, 10,7% e 28,7% em abril, pela mesma ordem.

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