"Por volta de 2050, as emissões locais diretas de carbono provenientes da combustão de energia fóssil serão neutralizadas", caso sejam seguidos quatro caminhos propostos no estudo, sublinhou a universidade em comunicado.

"A equipa de investigação da UM prevê que a partir de 2025, as emissões locais diretas de carbono de Macau irão diminuir todos os anos" se se apostar em transportes terrestres elétricos, em transportes marítimos movidos a hidrogénio, na substituição de energia limpa local, como a energia solar, e em edifícios com baixo teor de carbono.

Ao mesmo tempo, salientou, "para lidar com a grande quantidade de eletricidade comprada consumida por Macau, a cidade precisa de participar ativamente no comércio de eletricidade verde e fornecer serviços complementares à rede elétrica do Sul da China".

No estudo adianta-se também que, uma vez que o Governo "pode fornecer incentivos económicos para a rede elétrica de Macau comprar eletricidade verde de fontes externas, espera-se que as emissões indiretas de carbono de Macau a partir de compras externas de eletricidade sejam neutralizadas antes de 2050".

Por fim, a UM sustentou que, "para a aplicação de tecnologias modernas na gestão integrada de sistemas energéticos urbanos, a Internet das coisas, grandes dados e tecnologias de inteligência artificial devem ser utilizados para alcançar o planeamento científico, operação e controlo de sistemas energéticos urbanos integrados".

A equipa de investigação, liderada pelo reitor da universidade, Yonghua Song, concluiu que "Macau tem o potencial para se afirmar como uma cidade pioneira na neutralidade de carbono na China".

O estudo foi publicado no Boletim da Academia de Ciências da China.

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