O diretor do Departamento de Gestão de Negócios da USJ, Alexandre Lobo, disse hoje à Lusa que a incubadora vai apostar em áreas como a tecnologia financeira, "alinhadas com a estratégia do Governo" de Macau e com ecossistemas de inovação "muito avançados" em Portugal e no Brasil.

A USJ vai enviar este verão professores para Portugal, Brasil "e eventualmente para Angola", para realizar uma série de iniciativas junto não apenas de universidades, mas também de outras incubadoras e aceleradoras de negócios já existentes, explicou o académico brasileiro.

Alexandre Lobo disse que os professores irão procurar ainda identificar os primeiros projetos que possam ser incubados na USJ, "mesmo que inicialmente de forma virtual", face às restrições de entrada em Macau devido à pandemia.

À margem da apresentação do "928 Challenge", uma competição de 'startups' universitárias entre os países de língua portuguesa e a China, o académico disse estar "confiante" que em 2023 já seja possível aos empresários estrangeiros entrar na região chinesa sem quarentena.

Alexandre Lobo recordou que as autoridades anunciaram na semana passada o levantamento das restrições fronteiriças a estudantes universitários e profissionais de ensino estrangeiros, incluindo professores portugueses.

Em entrevista à Lusa no início deste mês, o reitor da Universidade de São José, Stephen Morgan, já afirmara ser "terrivelmente importante (...) regressar aos países" onde a instituição estava "a recrutar fortemente, na Ásia, em África e na Europa e trazer estudantes" para Macau.

Macau, que apenas registou 82 casos desde o início da pandemia, tem mantido fortes restrições fronteiriças desde o início de 2020, proibindo a entrada de estrangeiros, apostando numa política de 'zero casos' de covid-19.

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