
"No plenário de trabalhadores da Transtejo ficou aprovado realizar, novamente, dois dias de paralisação parcial, três horas por turno, nos mesmos dias que foram ontem [quarta-feira] aprovados para a Soflusa, que são os dias 14 e 15 de julho", disse José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical destacou a "participação elevada" dos trabalhadores da Transtejo no plenário realizado hoje, das 14:30 às 17:30, que motivou a interrupção temporária do serviço de transporte da empresa.
"A questão central é exigir que a administração cumpra com aquilo que está obrigada do ponto de vista do Acordo de Empresa, que é fazer a revisão salarial todos os anos, e é nesse contexto que, até ao momento, não tivemos qualquer contraproposta relativamente às propostas sindicais", afirmou José Manuel Oliveira.
Neste sentido, a nova greve parcial dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (duas empresas que têm administração comum) vai realizar-se "com vista a valorizar e a melhorar os salários, conforme está previsto no Acordo de Empresa", indicou o coordenador da FECTRANS.
Devido ao plenário de trabalhadores da Transtejo, as ligações fluviais entre Lisboa e os concelhos da margem sul do rio Tejo, estiveram hoje interrompidas, das 13:00 às 18:30, nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria.
Na semana passada, nos dias 16 e 17 de junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa (TTSL) - as duas empresas de serviço público de transporte fluvial, mas com uma administração comum - estiveram em greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de "aumento de 0%" nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de maio.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.
SSM (RCP) // VAM
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