A operação foi cancelada por motivos de segurança, uma vez que alguns compartimentos do navio-plataforma estão inundados, o que dificulta os trabalhos, de acordo com informações do Governo do estado de Espírito Santo.

O acidente provocou a morte de cinco trabalhadores e feriu outros 26, que sofreram queimaduras, fraturas e intoxicações pelo fumo.

O navio-plataforma FPSO Cidade São Mateus, propriedade da empresa norueguesa BW Offshore, realizava extração de petróleo e gás no litoral do estado do Espírito Santo, a 40 quilómetros da costa ao largo da cidade de Aracruz.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil informou na quinta-feira que 80% do casco do navio-plataforma já foi verificado e que não foram encontrados danos. Um especialista em integridade estrutural embarcou nesse dia para completar a inspeção, enquanto prosseguem as buscas pelos desaparecidos.

O navio-plataforma serve os campos de Camarupim e Camarupim Norte e extrai diariamente 2,25 milhões de metros cúbicos de gás e 350 metros cúbicos de petróleo por dia. O gás extraído é enviado para terra através de um gasoduto.

No momento do acidente, havia mais de 60 funcionários no navio.

A Petrobras lamentou o acidente, afirmou que a BW Offshore está a prestar assistência aos funcionários e familiares e sublinhou que a explosão foi controlada com o acionamento do Plano de Emergência. As operações da plataforma foram interrompidas.

O campo de Camarupim é operado pela Petrobras e o de Camarupim Norte, em parceria entre a Petrobras (65%) e a empresa Ouro Preto Energia (35%).

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