Em comunicado divulgado na segunda-feira, a agência estimou uma contração de 0,7% do PIB da maior economia da América Latina.

No entanto, a Standard & Poor's não reduziu o 'rating' do Brasil e manteve-o em BB-, ou seja, três pontos abaixo do 'selo' de "bom pagador".

"Acreditamos que o crescimento do PIB e o desempenho fiscal no Brasil serão afetados em 2020 devido à pandemia da covid-19 ", afirmou a empresa.

No entanto, a agência prevê que o impacto do novo coronavírus "será temporário e sem consequências negativas a longo prazo para a economia brasileira".

Com a desaceleração económica e o aumento dos gastos para combater o novo coronavírus, a empresa estima que o défice fiscal do Governo vai duplicar e atingir 12% do PIB este ano.

A agência antecipa que a taxa de desemprego deverá passar de 11,6% para 12,8% este ano e permanecer nesse nível até final de 2021.

Dada a incerteza gerada pela crise atual, a agência indicou que apenas equaciona elevar o 'rating' da potência sul-americana nos próximos dois anos, se a situação fiscal melhorar mais rapidamente do que o esperado.

Para que essa subida seja uma realidade, a empresa espera a concretização de reformas no país.

O número de mortos no Brasil nas últimas 24 horas resultantes da pandemia da covid-19 foi de 67, elevando assim o número total de óbitos para 553, informou na segunda-feira o Governo brasileiro. Já o número de infetados total é agora de 12.056.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

MIM // JMC

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