Duas plataformas de organizações da sociedade civil guineense anunciaram nesta Terça-feira que vão realizar, no dia 25, uma manifestação para exigir a reposição da ordem democrática e o fim da supressão das liberdades fundamentais.

Fernando Mandinga da Fonseca, da coordenação da Frente Popular, plataforma que junta sindicatos e organizações juvenis, disse que a manifestação terá igualmente como finalidade “lutar contra a ditadura que se impõe no país”.

De acordo com o ativista, a iniciativa partiu da organização cívica e social “Po de Terra” (pau da terra), à qual se juntou a Frente Popular para “exigir a reposição da legalidade democrática” na Guiné-Bissau.

As duas plataformas contestam o derrube do parlamento, em dezembro de 2023, por decisão do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, cujo mandato de cinco anos, afirmam, terminou a 27 de Fevereiro passado, dia em que passaram cinco anos desde a sua posse.

Fernando da Fonseca, citado pela Lusa, assinalou que a “megamanifestação” foi projetada para 25 de Maio, Dia da África, para também reivindicar a liberdade na Guiné-Bissau, sem, contudo, avançar com todos os pormenores da iniciativa que, assegurou, “vai surpreender o regime”.

“Nós temos a consciência dos riscos que se impõem [ao] confrontar este Governo”, acrescentou o activista, lembrando “a tortura” infligida aos manifestantes da Frente Popular no dia 18 de Maio de 2024.