Este foi o oitavo mês consecutivo que o setor regista resultados positivos, mas a recuperação do setor que é responsável por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ainda foi insuficiente para reverter as perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus.

O volume do setor de serviços no Brasil continua 3% abaixo do registado em fevereiro de 2020 - último mês antes das medidas restritivas adotadas para conter a proliferação da covid-19.

Apesar do bom resultado mensal, o volume de serviços oferecidos no Brasil acumula queda de 8,3% nos últimos 12 meses, o pior nível já registado desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

Além disso, de acordo com o órgão responsáveis pelas estatísticas do Governo brasileiro, o setor caiu 4,7% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2020.

O setor de transportes foi o que teve mais impacto no índice na passagem de dezembro para janeiro, com avanço de 3,1%. Com esse resultado, o setor acumula um ganho de 29,6% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, mas ainda está 2,7% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

Por outro lado, houve queda nos três outros setores investigados pelo IBGE. A maior retração foi em outros serviços (-9,2%), que devolveu o ganho acumulado de 5,7% entre novembro e dezembro.

O setor de serviços foi um dos mais atingidos pela pandemia, que dura há mais de um ano e ameaça a recuperação da maior economia sul-americana.

Em 2020, os serviços sofreram um recuo recorde de 7,8% em função da crise gerada pelo novo coronavírus, naquela que foi a maior queda desde 2012, quando o indicador começou a ser medido.

O volume de serviços no Brasil começou a recuperar em meados do ano passado, graças ao relaxamento das medidas de distanciamento, mas o agravamento da emergência sanitária ameaça travar essa melhoria.

A pandemia de covid-19 matou pelo menos 2.600.802 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, em mais de 117 milhões de casos, segundo um levantamento da agência de notícias AFP.

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