O número de novas vagas com todas as garantias para os trabalhadores geradas em novembro no Brasil foi 56,8% menor que o registado no mesmo mês do ano passado (313.777) e 16,3% menor que em outubro deste ano (162.029), segundo dados do Governo brasileiro.

No entanto, o total de trabalhadores com contrato e todos os direitos laborais garantidos atingiu o recorde histórico de 43.144.732 pessoas.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho brasileiro, o saldo positivo de novembro foi resultado da diferença entre 1.747.894 admissões e 1.612.399 saídas.

Embora a geração de empregos formais tenha desacelerado pelo terceiro mês consecutivo no país lusófono, o saldo acumulado nos 11 primeiros meses de 2022 é de 2,46 milhões de novas vagas, resultado da diferença entre 21,23 milhões de contratações e 18,76 milhões de demissões.

O número de novos empregos formais gerados pelo Brasil entre janeiro e novembro deste ano é 19,8% menor do que o gerado no mesmo período de 2021 (3,07 milhões), o que também mostra a desaceleração.

Segundo dados oficiais, 22 dos 37 estados do país registaram saldo positivo em novembro.

Por setores, o comércio liderou a balança com saldo de 105.969 novos empregos no mês, dos quais 20.731 corresponderam ao segmento de vestuário e acessórios de moda.

No outro extremo, ficaram os setores industrial (que registou um saldo negativo de 25.207 vagas de emprego) e a construção civil (que perdeu 18.769 vagas de trabalho).

Apesar da melhoria nos números absolutos e do saldo positivo do mês, pelo menos nove milhões de brasileiros (8,3% da população economicamente ativa) procuravam trabalho no final de outubro, quando foram divulgados os últimos dados oficiais sobre a taxa de desemprego pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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