
No final de abril de 2025, um apagão elétrico afetou amplamente Portugal e Espanha. Em pouco tempo, operadoras de telecomunicações, supermercados, sistemas de pagamento e muitas outras áreas ficaram inoperacionais durante várias horas.
Apesar de não sabermos, pelo menos até ao momento, o motivo deste apagão, os especialistas não afastam a possibilidade de voltar a acontecer no futuro. De qualquer forma, este acontecimento foi um sinal claro de como toda a nossa infraestrutura depende de energia elétrica.
Este tipo de disrupção lembra-nos que a energia não é apenas uma necessidade básica — é o alicerce invisível de toda a economia moderna.
E quando algo tão essencial falha, vale a pena refletir sobre quem está a garantir que isso não volte a acontecer — e em que medida é possível participar, como investidor, nesse esforço.
O setor energético está a mudar (e rápido)
O mundo vive hoje uma das maiores transições energéticas da história.
A urgência de reduzir emissões, aliada ao avanço tecnológico e à pressão dos mercados, está a empurrar empresas, governos e consumidores para um novo paradigma: menos combustíveis fósseis, mais renováveis, mais eficiência e mais resiliência.
Isto está a criar oportunidades reais em áreas como:
- Produção de energia solar, eólica e hídrica;
- Infraestruturas de armazenamento e distribuição (como redes inteligentes e baterias);
- Tecnologia para otimização energética e redução de perdas;
- Empresas tradicionais que estão a adaptar os seus modelos ao novo contexto.
O setor energético já era essencial — mas agora é também um dos mais dinâmicos, estratégicos e com potencial de crescimento.
Investir em energia: uma aposta estruturada, não emocional
Investir neste setor exige visão e racionalidade. Não é sobre “entrar na moda verde”, mas sim perceber que sem energia, nada funciona — e isso será sempre verdade.
Vale a pena estudar veículos como:
- ETFs de energia limpa, que oferecem exposição diversificada;
- Ações de empresas inovadoras ou em transição energética;
- Obrigações verdes emitidas para financiar projetos sustentáveis;
- Fundos que combinam impacto ambiental com rentabilidade.
A chave está em manter o sangue frio, escolher bem e alinhar com objetivos de longo prazo, porque a energia pode falhar por horas, mas as oportunidades certas podem render durante anos.
Conclusão: um setor essencial com impacto real
A próxima vez que falhar a internet, o multibanco ou as comunicações, lembre-se disto: muitas vezes, é no que é essencial que se encontram os investimentos mais resilientes.
A energia será sempre uma prioridade global. E isso faz do setor energético um espaço onde possa fazer sentido estar posicionado — com estratégia, com cuidado e com visão.
Disclaimer:Este artigo não constitui recomendação de investimento. Qualquer decisão deve ser tomada com base numa análise individual e em função do perfil, objetivos e horizonte temporal de cada pessoa.