
"As nossas ações visam criar estabilidade nos mercados globais de energia, para que consumidores, produtores e fornecedores sintam tranquilidade, estabilidade e segurança", disse o Presidente russo durante um encontro com o Presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohammed bin Zayed.
Putin defendeu a necessidade de garantir que "a oferta e a procura são equilibradas".
"Reagimos sempre às necessidades do mercado, tentamos fazê-lo de uma forma que esteja de acordo com os acontecimentos", sustentou, sublinhando que as decisões "não são dirigidas contra ninguém" nem para "criar problemas a alguém".
O chefe do Kremlin congratulou-se com o bom nível de relações bilaterais entre os Emirados Árabes Unidos e a Rússia, salientando que "estão a desenvolver-se com muito sucesso".
"No ano passado as trocas comerciais tiveram um aumento de 65%, e continuam a crescer este ano, apesar de todas as dificuldades, não tanto como no ano passado, mas pelo menos é de 17%", revelou.
Putin também saudou os esforços de mediação dos Emirados que conduziram à solução "de uma série de questões humanitárias bastante sensíveis".
"Conheço a sua preocupação com o desenvolvimento da situação em geral e com o seu desejo de contribuir para a solução dos problemas, incluindo a crise que está a ocorrer na Ucrânia", disse.
Nesse contexto, Putin prometeu ao seu homólogo atualizá-lo sobre a situação em torno da central nuclear ucraniana em Zaporijia, controlada desde março passado pelo exército russo e que o Kremlin declarou como propriedade da Rússia.
Além disso, expressou a Bin Zayed a sua vontade de discutir a situação no Médio Oriente e, em particular, o conflito na Síria.
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