Segundo anúncio do governo provincial, há 59 obras inacabadas desde 2015, entre as quais se destacam centros de saúde, escolas, residências de administradores distritais e infraestruturas sociais.

Os empreiteiros justificam-se com atrasos no desembolso de pagamentos e dívidas relativas a algumas adendas aos contratos, referiram na sexta-feira após uma reunião com as autoridades da província, citados pela Rádio Moçambique.

No entanto, o Estado diz que já pagou algumas obras na totalidade e outras a 60%, enfrentando um prejuízo de cerca de 900 milhões de meticais (cerca de 12 milhões de euros).

As autoridades provinciais admitem colocar os empreiteiros que persistam em incumprimento numa lista negra, ficando impedidos de receber trabalhos em concursos de obras públicas.

Por um lado, a Federação Moçambicana de Empreiteiros tem-se queixado de falta de trabalho que garanta receitas para a maioria dos associados, e por outro, o Estado pretende aumentar a qualidade do setor.

No final de 2018, o Governo apelou aos empresários da construção civil e à Ordem dos Engenheiros de Moçambique para elaborarem uma tabela de preços de referência de empreitadas para reduzir a discrepância de valores nas propostas apresentadas nos concursos públicos.

A intenção surgiu a par da criação da Inspeção Geral de Obras Públicas (IGOPE), que pretende assegurar a promoção de uma maior qualidade de infraestruturas e a prevenção de erros nas obras.

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