
O órgão de pesquisa apontou a queda da produção da indústria extrativa (-9,7%) explicada, principalmente, pelos efeitos do rompimento de uma barragem de resíduos de mineração da Vale na região de Brumadinho, cidade localizada no estado de Minas Gerais, ocorrido em janeiro de 2019, como principal fator para o mal desempenho do setor.
"Tiveram grande peso nesses resultados negativos os efeitos na indústria extrativa, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho no início de 2019", explicou o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo.
Outras contribuições negativas foram registadas pelos ramos de metalurgia (-2,9%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%).
Das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE, 16 tiveram queda no ano de 2019.
Para o gerente da pesquisa, a produção industrial brasileira pode estar a ser afetada "pelas incertezas no ambiente externo e também pela situação do mercado de trabalho no país que, embora tenha tido melhoria, ainda afeta a demanda [procura] doméstica".
Do lado positivo da balança do ano, está a produção de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis.
A produção industrial brasileira de produtos alimentícios cresceu 1,6%, veículos automotores (2,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), produtos de metal (5,1%) e bebidas (4%).
A expansão mais acentuada foi impulsionada, em grande parte, pelo aumento no fabrico de eletrodomésticos, que subiu 10,7%.
Já o segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve aumento de produção médio de 0,9% e também fechou o ano de 2019 com números positivos.
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