De acordo com o balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado hoje, a produção do primeiro trimestre registou 597.800 unidades, das quais 200.300 foram fabricadas em março, "o melhor mês do ano".

O resultado positivo da produção automóvel do Brasil foi impulsionado pelos "excelentes" resultados na área de camiões e veículos comerciais ligeiros, de acordo com o balanço.

No entanto, o desempenho do setor em termos de vendas no país encerrou no 'vermelho' nos primeiros três meses do ano, com apenas 527.900 unidades vendidas, o que representa uma queda de 5,4% em relação ao que foi comercializado entre janeiro e março de 2020.

"Mas o mais preocupante é a retração de 23% em relação ao último trimestre do ano passado, desacelerando a recuperação que vinha existindo desde o meio do ano", frisa o balanço.

O mesmo não ocorreu com as exportações. Segundo a Anfavea, a país sul-americana expediu para outros países um total de 95.800 unidades vendidas, volume 7,6% superior às vendas feitas para o exterior entre janeiro e março do ano passado.

De acordo com o relatório, o estoque de veículos em fábricas e concessionárias permanece estável, embora num patamar baixo, de 101.100 unidades.

Devido à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, que já fez cerca de 337 mil mortos e mais de 13 milhões de infeções, várias fábricas de automóveis viram-se obrigadas a encerrar as suas instalações no final de março.

Atualmente, as fábricas que as multinacionais Ford, Mercedes Benz, Volkswagen, Nissan e Toyota têm no país estão paralisadas, afetando cerca de 5.500 funcionários em quatro estados brasileiros.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

MYMM // PJA

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