
"Vinte e cinco anos se passaram [desde a criação da CPLP] e muito pouco se avançou no domínio da cooperação económica", disse Evaristo Carvalho.
O chefe de Estado são-tomense falava na sessão de abertura da primeira cimeira de negócios promovida pela Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), que entre hoje e sexta-feira junta cerca de 250 empresários na Guiné Equatorial.
Evaristo Carvalho, que apesar de estar em Malabo, participou no evento remotamente, destacou o papel da CE-CPLP "na dinamização da cooperação económica", mas classificou como "imprescindível" o "engajamento firme das autoridades" oficiais.
Evaristo Carvalho sublinhou a importância de a cimeira de negócios ser dedicada à Guiné Equatorial, que considerou um "país aberto ao investimento estrangeiro" e com "enormes potencialidades e oportunidade domínio económico".
Nesse contexto, apelou para que se olhe para o país "com confiança, despidos da cultura do imediatismos e com o pensamento no desenvolvimento do país a médio e longo prazo".
Por outro lado, destacou que São Tomé e Príncipe também procura atrair investimento estrangeiro sustentável.
"São Tomé e Príncipe também é um país aberto ao investimento estrangeiro em vários domínios de atividade com destaque para a agricultura, turismo, pesca e serviços", disse, assinalando que o país procura "intervenções externas de médio e longo prazo em matéria de cooperação económica".
Para Evaristo Carvalho, a cooperação económica aliada à mobilidade no espaço lusófono, que deverá ser aprovada na cimeira da CPLP, em julho, em Luanda, permitirá à comunidade "evoluir gradualmente para uma organização de realizações".
"Pedra sobre pedra, vamos edificando a nossa comunidade", disse.
A cimeira de negócios da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) decorre até sexta-feira com a participação empresários de Portugal, Angola, Cabo Verde e Moçambique.
O encontro de empresários tem como objetivos "consolidar a integração" da Guiné Equatorial na CPLP e "demonstrar o seu potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro", segundo a organização, que tem já cimeiras agendadas para julho em Angola e novembro na Guiné-Bissau.
A Guiné Equatorial tornou-se em 2014 o nono país-membro da CPLP, juntando-se a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
CFF // JH
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*** A agência Lusa viajou para a Guiné Equatorial a convite da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa ***