
Numa mensagem que colocou na sua conta oficial na rede social Facebook, Jorge Carlos Fonseca recordou que tomou posse, pela primeira vez, como Presidente da República de Cabo Verde, em 09 de setembro de 2011, então com "uma grande ambição de servir o país e os cabo-verdianos".
"Pretendia servir o país também com paixão e determinação, num propósito de dar passos a caminho de um Cabo Verde desenvolvido e próspero, num prazo que não fosse muito longo ou distante. Com independência e espírito de cooperação institucional, com sentido de moderação e equilíbrio, postura construtiva e crítica, estando sempre junto das pessoas, das comunidades, dos cidadãos, dos cabo-verdianos", assumiu.
No primeiro mandato (2011 a 2016), Jorge Carlos Fonseca partilhou o poder com o Governo liderado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde, de José Maria Neves, e no segundo mandato com o executivo do Movimento para a Democracia, do atual primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.
As próximas eleições presidenciais, às quais já está impedido de concorrer, serão realizadas dentro de um ano.
"Mostro-me, pois, muito reconhecido ao povo destas ilhas, muito reconfortado e satisfeito, autenticamente mimado, o que me dá energias, vontade, renovadas e permanentes paixão e determinação para prosseguir o exercício do presente mandato até o seu final, em outubro de 2021", escreveu Jorge Carlos Fonseca.
Descreve, na mesma mensagem, que não conseguiu realizar "todos" os "nobres propósitos" que o moviam, e "nem sempre do modo e na dimensão pretendidos".
"Ao longo de todos estes nove anos, e invariavelmente com momentos um pouco mais altos ou mais baixos, os meus conterrâneos foram-me dando sinais e provas de solidariedade, amizade, simpatia e clara aprovação. Numa média anual a atingir a marca dos noventa por cento, o que se mostra verdadeiramente ímpar e quase 'indecoroso' (...), o meu desempenho foi valorado muito positivamente pelos cidadãos", assumiu o chefe de Estado.
Recordou que Cabo Verde tem ainda "um vasto e árduo caminho a ser percorrido", com desafios a "vencer", sobretudo tendo em conta o contexto da pandemia de covid-19 que também afeta o arquipélago, com 4.400 casos diagnosticados desde 19 de março e uma crise económica já a manifestar-se.
Jorge Carlos Fonseca garantiu ainda que "mesmo depois do final" do atual segundo mandato presidencial, pretende continuar "a servir Cabo Verde".
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