
"No domínio do petróleo, há um pré-acordo assinado, nós temos os blocos 2 e 22 e naturalmente vamos revistar todos esses dossiês sobre o petróleo, gás ", disse Jorge Bom Jesus, em declarações aos jornalistas antes de viajar para a Guiné Equatorial.
O chefe do executivo são-tomense referiu-se também a outras áreas importantes do processo de desenvolvimento para os dois países, como a "cooperação na área da aviação".
"Temos o problema da STP Airways, e vamos ver com a Guiné Equatorial se se mantém o interesse (deste país) em fazerem parte do consórcio", disse.
Jorge Bom Jesus disse também que vai analisar com o país vizinho um eventual acordo no domínio do transporte marítimo, defendendo a "necessidade de troca de produtos" entre os dois países.
O executivo são-tomense está a ponderar, no âmbito do turismo, estabelecer "uma parceria" com a Guiné Equatorial, propondo "o desenvolvimento de um turismo tripartido" para que os turistas que visitam a Guiné Equatorial possam ir também a São Tomé e Príncipe, disse.
Para o governante são-tomense, "esta visita enquadra-se nos eixos estratégicos da política externa relativamente aos parceiros da sub-região e a Guiné Equatorial é um desses parceiros".
"Além das afinidades históricas e culturais, temos também uma comunidade na Guiné Equatorial", referiu.
No ano passado, o Governo são-tomense pediu à Guiné Equatorial um empréstimo de 1,5 milhões de dólares (1,38 milhões de euros), valor que até ao momento não foi desbloqueado.
"Este dossier não está fechado, vamos negociar e ver as possibilidades, até porque há alguns parâmetros de concessionalidade que o Fundo Monetário Internacional (FMI) impõe e nessas negociações veremos se poderemos aumentar o valor", explicou o chefe do executivo.
O regresso do primeiro ministro são-tomense ao seu país está marcado para quinta-feira e integram a delegação os ministros do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Osvaldo Abreu, da Educação e Ensino Superior, Juliette Rodrigues, e o secretário de Estado do Comércio e Indústrias, Eugénio Graça.
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