A Plexus, uma das principais firmas de exploração de algodão em Moçambique, instalada na província de Cabo Delgado, parou em 2022 e deixou em dificuldades 80 mil pequenos produtores de algodão que lhe entregavam a matéria-prima.

"Após um complexo processo, foi concluída no dia 17 de maio uma venda total", ou seja, que inclui todos os ativos e passivos, lê-se no documento da firma britânica, que exprime "confiança" na Fesap para conduzir as operações.

"Estou feliz por podermos anunciar a venda", disse Nick Earlam, presidente da Plexus, que tinha a operação em Moçambique desde 2002.

A Felpinter "tem sido um cliente de longa data da Plexus como um dos principais produtores de têxteis-lar na Europa", acrescentou, destacando a oportunidade para "uma abordagem integrada, do campo ao produto".

O comunicado detalha que o negócio do algodão em Cabo Delgado "envolve mais de 80 mil pequenos agricultores anualmente, cada um produzindo algodão semente em pequenas quantidades".

A atividade gera rendimentos "para atender às necessidades básicas de aproximadamente 500.000 pessoas na região" em que a Plexus tem duas instalações de processamento "capazes de processar mais de 45.000 toneladas de algodão semente anualmente".

A Felpinter apresenta-se como uma empresa têxtil verticalmente estruturada com sede no norte de Portugal, com mais de 30 anos de experiência em 'design' e fabrico de produtos têxteis-lar.  

"A sua subsidiária integral Fesap desenvolve atividades na produção de algodão em Moçambique há vários anos", conclui.

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