
A economia portuguesa voltou ao crescimento no segundo trimestre com o produto interno bruto (PIB) a aumentar 0,6% em comparação com os primeiros três meses do ano, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quarta-feira, 30 de julho.
Face ao segundo trimestre de 2024, o PIB deverá ter crescido 1,9%, acima dos 1,7% homólogos registados no primeiro trimestre.
O crescimento em cadeia - isto é, entre trimestres - está em linha com as previsões dos economistas auscultados pelo Expresso, que previam um crescimento trimestral entre os 0,6% e os 0,7%. Em termos homólogos, a previsão era de uma ligeira aceleração, o que, segundo a estimativa do INE, também se verificou.
De acordo com os números (hoje revistos) do INE para o primeiro trimestre, o PIB caiu inesperadamente 0,4% face ao quarto trimestre de 2024, contrariando as projeções para a economia portuguesa que então apontavam para um crescimento em cadeia.
A melhoria face ao primeiro trimestre deve-se, de acordo com a avaliação preliminar do INE, à redução do défice da balança comercial (as exportações de bens e serviços aumentaram depois de uma queda no arranque do ano), e ao aumento do consumo privado, ou seja, o aumento dos gastos das famílias em bens e serviços.
Já na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a melhoria da taxa de crescimento para os 1,9% explica-se com o crescimento menos acentuado das importações. O crescimento das exportações também desacelerou, mas menos.
A procura interna, por outro lado, foi menos decisiva no cálculo da taxa de crescimento homóloga. O INE explica-o com a desaceleração do investimento, que também cresceu a um ritmo homólogo inferior ao do registado no arranque do ano.