
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, deu uma conferência de imprensa no parlamento para apresentar mais 120 propostas de alteração ao Orçamento e, mais uma vez, não deu pistas sobre o que fará na votação final global, em 26 de novembro, depois de o partido ter optado pela abstenção na generalidade.
Comunistas e Governo têm reunido, afirmou, e avaliado as propostas, mas o deputado apenas admitiu alguma aproximação num "conjunto muito pequeno" de matérias para "se fazer uma avaliação mais global" e perceber "o desfecho em relação à votação final global".
À pergunta se o PCP "tem alguma garantia" dos socialistas para aprovar "alguma proposta", João Oliveira respondeu com um "não", dado que "ainda não começou a votação na especialidade" do OE2021.
Mesmo as propostas que o PS anunciou hoje, quanto ao alargamento do apoio social ou o calendário para a contratação de profissionais de saúde mereceu uma resposta sumária da parte de João Oliveira, ao dizer: "Não coincidem com o que o PCP propôs."
E passou a explicar as medidas propostas pelos comunistas, que contrariam as do PS, que propõem a exclusividade para os médicos no SNS de imediato e não "para quando terminar a pandemia".
O sentido de voto final do PCP, insistiu, a exemplo do que tem feito nas últimas semanas, não está definido e dependerão das propostas que vierem a ser aceites pelo executivo e de saber se dão "resposta global" aos problemas causados pela pandemia.
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Lusa/fim