
O orçamento tem um valor total de 1.497,1 milhões de dólares (1,27 mil milhões de euros), dos quais 220,2 milhões de dólares (185,45 mil milhões de euros) estão destinados à resposta sanitária e económica à pandemia da covid-19.
Na reta final do debate de dois dias, o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, saudou o facto de o orçamento para este ano ter sido aprovado à terceira vez, depois da sua retirada em dezembro de 2010 e de ter sido chumbado em janeiro deste ano.
Matan Ruak reafirmou o empenho do executivo em corrigir alguns dos problemas encontrados pelo Governo, nomeadamente no que toca à baixa execução orçamental.
A execução orçamental foi uma das principais críticas da oposição do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, que questionou igualmente a capacidade governativa dos membros do executivo.
Em causa está o facto de o Governo só ter executado nos primeiros nove meses do ano, em regime duodecimal, cerca de metade do valor orçamentado.
O orçamento hoje aprovado tem agora de ser promulgado pelo Presidente da República, prevê que o Governo gaste nos últimos dois meses do ano praticamente tanto como gastou nos primeiros nove.
As bancadas do Governo, por seu lado, saudaram a nova estabilidade política do país e aplaudiram o compromisso do Governo em aplicar um "orçamento virado para as pessoas".
O processo de tramitação do orçamento vai ser interrompido no sábado para o parlamento debater o pedido de autorização do Presidente da República, Francisco Lu Olo Guterres, para a renovação do estado de emergência devido à pandemia da covid-19.
O Governo deverá apresentar em meados deste mês ao parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2021, que tem o segundo maior valor de sempre, cerca de 1.895 milhões de dólares (1.616 milhões de euros).
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