"A parceria com a CTG é importante e é para manter. A própria carta da CTG [enviada ao mercado na segunda-feira] diz isso mesmo, que, independentemente dos resultados da oferta, permanecerá como investidor estratégico da EDP", afirmou António Mexia, em conferência de imprensa, no final da assembleia-geral de acionistas, que travou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da CTG.

O presidente da EDP realçou que o plano estratégico da EDP para os próximos cinco anos mereceu "o apoio de todos os acionistas", o que "é um sinal claro" que os acionistas estão alinhados quanto ao futuro da empresa.

Os acionistas da EDP chumbaram hoje a alteração dos estatutos para acabar com a limitação dos direitos de voto a 25% do capital, pondo fim à OPA da CTG quase um ano depois de ter sido anunciada.

A proposta de desblindagem dos estatutos, que prevê acabar com a limitação dos direitos de voto a 25% do capital, foi chumbada com 56,60% do capital representado.

A introdução deste ponto na assembleia anual de acionistas foi proposta pelo fundo Elliott, que detém 2,01% do capital da EDP, e prevê que, "caso a deliberação não obtenha uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na assembleia-geral anual [...], o limite de voto permanecerá em vigor".

A OPA feita à EDP pela CTG, empresa estatal chinesa que já detém 23,27% da elétrica portuguesa, foi anunciada em maio de 2018 e prevê uma contrapartida de 3,26 euros por ação.

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