"O PAN [Pessoas-Animais-Natureza] não subscreve a visão dos que consideram tudo mal neste orçamento mas também não perfilha da visão idílica de que a resposta dada pelo governo é suficiente e necessária", considerou Inês Sousa Real, no discurso de encerramento do partido no debate sobre o orçamento suplementar, que decorreu esta tarde na Assembleia da República.

A líder da bancada alegou que "continua a haver um enorme desfasamento entre o que seria suposto o governo fazer e aquilo que o governo faz efetivamente", nomeadamente em áreas como o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na aposta na transição digital ou no combate às alterações climáticas.

A líder parlamentar julgou "particularmente incompreensível" investimentos em setores económicos como a banca, onde serão injetados milhões de euros "ao mesmo tempo que não são dados apoios substanciais aos municípios e às regiões autónomas", parceiros que a deputada considerou como estratégicos e fundamentais no combate à pandemia.

"Vemos milhões a voarem para a TAP mas são migalhas a sobrar para os profissionais da cultura", vincou ainda Inês Sousa Real, nas críticas feitas ao documento.

O PAN considerou que mesmo em áreas onde foram dados "passos importantes" como a habitação social ou a saúde, "fica claro" que se poderia "ter ido mais longe assim houvesse coragem", prometendo que irão avançar com um conjunto de propostas de alteração ao documento apresentado pelo governo socialista.

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