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O consórcio da Área 1 de Moçambique considera bem encaminhadas as obras para a exportação de gás natural arrancarem em 2024, disse hoje à Lusa fonte do grupo, um ano após conquistar clientes suficientes para sustentar o empreendimento."O Projeto Mozambique LNG, liderado pela Total, está a avançar a bom ritmo e no caminho certo para fazer a entrega do primeiro carregamento de LNG [gás natural liquefeito, sigla inglesa] em 2024", referiu fonte da empresa.Em fevereiro de 2019, o consórcio anunciou ter assinado um volume suficiente de contratos para tomar a decisão final de investimento, que acabaria por acontecer quatro meses depois."O projeto Mozambique LNG celebrou oito CCV (contratos de compra e venda) de longo prazo com 10 clientes para um volume total de mais de 11,1 mtpa [milhões de toneladas por ano de GNL]", acrescentou hoje a mesma fonte.A exploração dos recursos de gás natural ao largo da costa Norte de Moçambique tem potencial para tirar o país do grupo de países mais pobres do mundo.Enquanto que o projeto da Área 1 vai extrair o gás no mar e processá-lo em terra, na península de Afungi, uma primeira exploração mais reduzida arranca na mesma zona (bacia do Rovuma) em 2022 através de uma plataforma flutuante de outro consórcio da Área 4 - liderado pela Exxon Mobil e Eni.A Área 4 terá também uma exploração de grande dimensão, mas a decisão final de investimento ainda está por anunciar.Os investimentos totais na exploração de gás ao largo de Cabo Delgado representam o maior investimento privado em curso em África, anunciaram os respetivos consórcios, com valores globais que podem chegar a 50 mil milhões de dólares.A província de Cabo Delgado tem sido alvo de ataques de grupos armados que organizações internacionais classificam como uma ameaça terrorista.Fonte da Total disse à Lusa que a empresa continua a "monitorizar de perto as condições" de segurança."Trabalhamos com as autoridades relevantes e outras partes interessadas para providenciar um ambiente seguro para a nossa força de trabalho e para as comunidades locais", acrescentou."A segurança dos nossos trabalhadores e das empresas contratadas é um valor essencial para a Total", concluiu.
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