
"O Montepio pode assegurar, desde já, que fará o anúncio público da nova liderança no início da próxima semana", lê-se num comunicado hoje emitido pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG).
Isto, depois de a reunião magna da CEMG ter aprovado a modificação da redação de vários artigos dos seus estatutos.
"A modificação aprovada teve por propósitos, por um lado, alterar a política de governo da instituição ao proceder à eliminação de cargos por inerência, tornando-a totalmente independente do Montepio Geral -- Associação Mutualista, e por outro lado, introduzir nos estatutos modificações decorrentes do novo Regime Geral das Instituições Financeiras, designadamente através da consagração da existência de diversos comités com competência especializada", informou o Montepio.
O banco mutualista realçou que "o processo de revisão estatutária só ficará concluído após a homologação das deliberações ora tomadas pela assembleia-geral do Montepio Geral -- Associação Mutualista, que deverá ter lugar no decurso do próximo mês".
De qualquer modo, "independentemente da referida homologação", o nome do sucessor de António Tomás Correia à frente do Montepio vai ser revelado na próxima semana.
Atualmente, Tomás Correia preside os Conselhos de Administração do banco e da associação mutualista, um cenário que se vai alterar em breve, com o responsável a ficar exclusivamente na liderança da segunda entidade.
Com esta alteração dos estatutos será ajustado o modelo de funcionamento da CEMG à última versão da lei europeia bancária, que obriga a uma separação entre a gestão executiva do Montepio, os órgãos sociais e os acionistas.
Tomás Correia, que anunciou que se vai candidatar a um novo mandato à frente da associação mutualista (o atual termina no final do ano) já afirmou várias vezes que tinha quatro nomes em cima da mesa para assumir o cargo, mas nunca revelou as identidades em questão.
Fernando Teixeira dos Santos era o nome apontado pela imprensa como a mais forte hipótese para assumir a presidência executiva do Montepio, algo que hoje caiu em definitivo com a posição pública tomada pelo antigo ministro das Finanças.
"Após uma prolongada reflexão, achei por bem não aceitar o referido convite", revelou em comunicado Teixeira dos Santos.
Sobre este anúncio do antigo governante, fonte oficial do Montepio disse à agência Lusa que não vai fazer qualquer comentário.
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