De acordo com fonte governamental, o evento será coordenado pelo Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial e vai obrigar à necessidade de disponibilizar recursos adicionais do Estado cabo-verdiano, no valor de 11,4 milhões de escudos (103 mil euros), para a sua realização.

"Trata-se de um evento que representa uma excelente oportunidade para o Governo na promoção da agenda de desenvolvimento de Cabo Verde junto dos altos representantes do FMI, do Banco Mundial e dos vários governadores dos países africanos", disse anteriormente o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, sobre Cabo Verde acolher esta reunião.

Cabo Verde foi escolhido há mais de um ano para presidir e ser sede do African Caucus 2023, reunião anual que se realiza desde 1963 e que junta os ministros das Finanças, Planeamento e governadores africanos dos bancos centrais junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Grupo Banco Mundial (GBM).

"Este encontro tem como principal objetivo fornecer aos Governadores Africanos do GBM e do FMI, um mecanismo para coordenação e harmonização das suas ações, de modo a salvaguardarem efetivamente os interesses dos países-membros junto das Instituições Bretton Woods [IBW]", justificou ainda Olavo Correia.

De acordo com o FMI, a adesão ao "Caucus" está "aberta a todos os países africanos que são membros do FMI e GBM", atualmente todos os 54 países do continente africano.

"Os países são representados pelos seus respetivos governadores nessas instituições, comummente referidos como os governadores africanos, que geralmente são ministros das Finanças e Desenvolvimento Económico e governadores dos bancos centrais. As opiniões e preocupações dos governadores africanos são transmitidas aos chefes das IBW, através de um memorando e isso é feito anualmente nas reuniões anuais das duas instituições", segundo o FMI.

O African Caucus reúne-se duas vezes por ano, a primeira das quais no país anfitrião e presidente -- Cabo Verde sucede em 2023 a Marrocos, que liderou em 2022 -- e a segunda em Washington, sede do FMI e GBM.

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