O ministro dos Transportes de Angola, Ricardo Viegas D´Abreu afirmou esta Segunda-feira, 07, em Luanda, que Angola tem todas as condições para se afirmar como um Estado marítimo respeitado.

“Temos costa. Temos história. Temos ambição. Mas para termos reputação, precisamos de credibilidade. E para termos credibilidade, precisamos de resultados concretos e de uma máquina pública a funcionar em sintonia”, disse o ministro do Transportes.

De acordo com o governante, que falava na abertura da Conferência Nacional sobre a Preparação para a Auditoria Obrigatória da Organização Marítima Internacional (OMI)”, a Auditoria da OMI não é o fim do caminho, pois é um marco “importantíssimo”, uma oportunidade de virarem a página, de afirmarem uma nova cultura de responsabilidade marítima, de mostrarem que Angola é sinónimo de competência e, de bem fazer.

“Queremos que os armadores, nacionais e estrangeiros, escolham Angola pela sua qualidade e não por conveniência. Queremos que os nossos marítimos possam navegar com certificações válidas em qualquer parte do mundo. Queremos que sejam reconhecidos pela sua competência, onde quer que estejam. E queremos, acima de tudo, que a bandeira angolana inspire confiança”, perspectivou Viegas D´Abreu.

No entanto, referiu que tudo isso começa com diálogo, convergência e responsabilidade, um posicionamento que é não só necessário como obrigatório para que o país seja respeitado pelas entidades internacionais que regulam e monitorizam o sector e para que sejam considerados um player à altura dos desafios e das oportunidades.

“É por isso que esta conferência marca um ponto de viragem ou nos afirmamos agora, ou perdemos uma oportunidade de ouro para fazermos do mar um activo nacional estruturante”, apelou.

A Auditoria da OMI, que vai decorrer entre 03 e 10 de Novembro deste ano, segundo realçou o governante, não é um ritual burocrático, é um verdadeiro teste, em um momento em que o país será escrutinado em múltiplas frentes, segurança da navegação, protecção ambiental, formação e certificação de marítimos, condições laborais a bordo, inspecção de navios e fiscalização portuária.

Ricardo D´Abreu disse que não basta terem uma Agência Marítima Nacional motivada, empenhada e tecnicamente preparada.

Embora a sua criação tenha sido um passo decisivo, disse, é preciso continuar a consolidar a actividade, os processos e os modelos de actuação, para que os resultados surjam e sejam visíveis para todos e rentáveis para o país.

Entretanto, o ministro considerou que é mais do que certo que a preparação para esta auditoria só terá sucesso, se for assumida como uma responsabilidade interministerial partilhada e verdadeiramente coordenada.