Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que Javad Zarif vai realizar esta visita a convite do homólogo chinês, Wang Yi.

A China tem sido um aliado do Irão e continua a ser parte do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015, e do qual os Estados Unidos se retiraram, passando a impor unilateralmente sanções ao Irão.

As novas medidas adotadas por Washington, na quinta-feira, abrangem 18 bancos iranianos, que tinham até agora escapado às sanções norte-americanas, e sujeita as instituições financeiras estrangeiras não iranianas a penalidades por fazerem negócios com estes.

Estas medidas isolam, efetivamente, o Irão do sistema financeiro internacional.

A 'lista negra' norte-americana tem sido contestada por países europeus porque sujeita os maiores bancos e outras empresas a serem penalizadas nos EUA por realizarem negócios com o Irão.

Zarif considerou a decisão de Washington um "crime contra a humanidade", num momento de crise global.

A mudança ocorre numa altura em que os EUA intensificaram os esforços para anular o acordo nuclear com o Irão, através da imposição de sanções sobre as vendas de petróleo, da inclusão de responsáveis do Governo iraniano na 'lista negra' e o assassínio de um importante general num ataque aéreo.

As medidas adotadas pelos EUA não contam com o apoio de quase nenhum outro país, mas violar as sanções acarreta o risco significativo de perda de acesso ao sistema financeiro norte-americano.

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