
"Confesso que não consigo entender a polémica que se gerou. Este é um investimento fundamental para criar um grande anel entre o Cais do Sodré (linha Verde) e o Campo Grande (linha Amarela)", afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, no âmbito da cerimónia de assinatura da primeira empreitada do plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, que decorreu na sede social da empresa, no centro da capital, onde todas as pessoas usaram máscara e foram sujeitas a medição da temperatura, devido à pandemia da covid-19.
Quanto ao anel que se vai criar com a linha Circular, o ministro disse que tem duas funções primícias, nomeadamente "criar mais oferta onde há mais procura, e havendo, obviamente, horas de ponta, mais contínua ao longo do dia".
"Resolvido o problema de mobilidade no coração da cidade de Lisboa ou, se preferirem, no coração da Área Metropolitana de Lisboa, é mesmo tempo de começar a pensar em estender as linhas axiais", declarou João Matos Fernandes, considerando que sem o prolongamento das linhas Amarela e Verde, entre as estações Rato -- Cais do Sodré, "é impossível pensar-se na extensão" da rede do Metropolitano.
Para o ministro do Ambiente, o mais difícil num sistema de transportes coletivos é ser capaz de ajustar a oferta à procura, pelo que a construção da linha Circular pode "melhor servir não só quem circula em Lisboa como quem vem de fora de Lisboa".
"Vamos servir melhor o Cais Sodré, que é o mais importante pólo de transportes na cidade de Lisboa e em toda a Área Metropolitana, porque aí chegam vários dos navios que vem da Margem sul e aí acaba a linha de Cascais", sustentou.
O Metropolitano de Lisboa assinou hoje o contrato para a primeira empreitada do plano de expansão da rede, que prevê o prolongamento das linhas Amarela e Verde, num investimento de 48,6 milhões de euros, que aguarda visto prévio do Tribunal de Contas.
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