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O kwanza, moeda angolana, desvalorizou quase 250% desde 2017, uma estratégia necessária para defender as reservas líquidas internacionais, mas não suficiente, porque o país ainda precisa de dinamizar o setor produtivo, defende o economista Fernandes Wanda.
O investigador da School of Oriental and African Studies University of London salientou que existe uma interligação entre a desvalorização do kwanza, a política cambial, a inflação e a política monetária, "um problema que não é de hoje", embora se tenha acentuado.
Fernandes Wanda notou que o kwanza sempre se desvalorizou face ao dólar, exceto entre 2004 e 2008, período em que teve um câmbio favorável graças a um programa de estabilização macroeconómico apoiado nos preços do petróleo que permitiu a constituição de reservas líquidas.