Joaquim Carreira falava à Lusa à margem da conferência da primavera da Aliança Europeia das Agências de Notícias, sob o mote "Agências noticiosas que utilizam a inteligência artificial (IA) para as empresas e o jornalismo", que decorre em Lisboa,

A IA é "importante para todas as empresas" e no que diz respeito à Lusa "temos que trabalhar nesse sentido", prosseguiu.

A utilização da IA permite também mais eficiência, acrescentou.

No caso de conteúdos padronizados como na bolsa ou desporto, para citar dois exemplos, o recurso à IA permite libertar os jornalistas para áreas de valor acrescentado.

"Para fazer face ao desenvolvimento tecnológico que estamos a enfrentar marcado pelo rápido ritmo de mudança e pelo volume de novas tecnologias temos de cada vez mais de usar o nosso pensamento crítico e a adaptabilidade para fazer face aos novos desafios", salientou Joaquim Carreira.

"A inteligência artificial pode trazer benefícios evidentes a nível de melhor produtividade, de melhor capacidade de analisar de dados, esses são dois dos principais aspetos", referiu.

Na sua intervenção na conferência, o presidente da Lusa elencou o que a agência de notícias tem feito a este nível, onde se inclui a transcrição de áudios e traduções, legendagem de vídeo, entre outros projetos.

Da conferência, Joaquim Carreira destacou que entre as agências noticiosas existem "várias velocidades de desenvolvimento" de IA na Aliança Europeia das Agências de Notícias e sublinhou que o importante "é não hesitar em cooperar".

"A cooperação entre grupos como este faz todo o sentido", nomeadamente pela troca de experiências.

A IA e os direitos de autor é "uma das grandes questões de momento" e não há resposta clara sobre isso.

ALU // EA

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