"Contrariando o acordo entre o Governo, a Amopão [Associação Moçambicana de Panificadores] e as moageiras, várias padarias agravaram o preço de pão", disse à Lusa a inspetora-geral da INAE, Rita Freitas.

A responsável avançou que a INAE está a sensibilizar, no terreno, as padarias que subiram o preço a recuarem, através de uma "abordagem educativa".

"A nossa primeira abordagem é educativa, não pretendemos passar logo à aplicação de sanções", acrescentou.

O aumento varia entre um e dois meticais e surge após pressões exercidas sobre o Governo pelos operadores do setor para o agravamento do preço, o que acabou não acontecendo por força de um entendimento entre as partes.

"Antes de qualquer aumento, chegámos a acordo de que temos que entender se há ou não fundamento para essa medida", explicou Rita Freitas.

Na terça-feira, o porta-voz da INAE, Verônio Duvane, avançou que algumas padarias subiram de oito meticais (0,10 euros) para 10 meticais (0,13 euros) o preço do pão.

"O preço do pão aumentou em algumas padarias, nós criámos equipas para sensibilizar estas unidades económicas para voltarem a vender o pão ao preço habitual, enquanto não houver este entendimento entre o Governo e as panificadoras", afirmou, em conferência de imprensa.

O preço de pão em Moçambique é um tema sensível, por ser um dos produtos mais consumidos, principalmente nas zonas urbanas, e o aumento do seu custo já motivou manifestações violentas e escaramuças entre a população e as autoridades no passado.

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