
O resultado ficou muito acima da meta de 3,75%, com o teto máximo de 5,25%, definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021.
O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo dos Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto, 4,19 pontos percentuais (p.p.), no acumulado do ano, segundo o órgão de estatísticas do Governo brasileiro.
"O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis", explicou num comunicado Pedro Kislanov, gerente da pesquisa de inflação do IBGE.
"A gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar", complementou o especialista.
Também influenciaram fortemente o aumento dos preços no país os segmentos de habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 (p.p.).
A subida dos preços medidos no grupo Habitação foi puxada pelo preço da energia elétrica.
"Ao longo do ano, além dos reajustes tarifários, as bandeiras foram aumentando, culminando na criação de uma nova bandeira de Escassez Hídrica. Isso impactou muito o resultado de energia elétrica, que tem bastante peso no índice", explicou Kislanov.
No grupo Alimentação os maiores responsáveis pelos aumentos foram itens como o café moído, que subiu 50,24%, e o açúcar refinado, com um crescimento de 47,87%.
Juntos, os grupos Transportes, Habitação, Alimentos e Bebidas responderam por cerca de 79% da inflação no Brasil em 2021.
Em dezembro de 2021, a inflação no país sul-americano foi de 0,73%, 0,22 (p.p.) abaixo da taxa de 0,95% registada em novembro.
Segundo o IBGE, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram subida de preços um dezembro face ao mês anterior.
No entanto, a inflação em dezembro de 2021 no Brasil ficou abaixo do índice registado no mesmo mês de 2020 (1,35%).
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