Com isso, o indicador acumula um crescimento de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).

Todos os nove grupos de produtos pesquisados pelo IBGE subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente devido à subida dos preços dos combustíveis (3,21%).

O preço da gasolina no país sul-americano subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês de 0,19 pontos percentuais. Foi a sexta subida consecutiva nos preços deste combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.

"Os transportes tiveram a maior variação e o maior impacto (0,55 pontos percentuais) de longe no índice do mês", afirmou Pedro Kislanov, do IBGE.

Além da gasolina, houve um aumento também nos preços do gasóleo (5,77%) usado para abastecer camiões, do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%).

Também aceleraram os preços das passagens aéreas (33,86%).

"A depreciação cambial e o crescimento dos preços dos combustíveis, em particular do querosene de aviação, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas. A melhoria do cenário da pandemia, com o avanço da vacinação, levou a um aumento no fluxo de circulação de pessoas e no tráfego de passageiros nos aeroportos. Como a oferta ainda não se ajustou à demanda, isso também pode estar a contribuir para a subida dos preços", explicou Kislanov.

Os preços também avançaram no grupo dos alimentos e bebidas (1,17%), segunda maior contribuição (0,24 pontos percentuais) no índice final de inflação para o mês de outubro do país.

No grupo habitação (1,04%), mais uma vez, a subida dos preços foi influenciada pela energia elétrica (1,16%), embora esse item tenha desacelerado em relação a setembro (6,47%).

O gás também subiu (3,67%) registando uma aceleração de preços pelo 17.º mês consecutivo em outubro, acumulando um crescimento de 44,77% desde junho de 2020.

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