A cerimónia de lançamento da primeira fase do censo, virada essencialmente para a formação técnica, foi hoje realizada na província angolana de Benguela pelo diretor do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, Camilo Ceita.

Segundo o chefe de Departamento de Inquéritos e Censos do INE, Paulo Fonseca, o processo, que compreende quatro etapas, começa em março nas províncias de Benguela, Cunene, Cuanza Sul, Moxico e Uíje.

Paulo Fonseca adiantou que a primeira etapa vai estar virada para a formação de pessoal selecionado para integrar as comissões provinciais e municipais.

A segunda fase decorrerá em Luanda, também em março (entre dias 11 e 22) e visa formar os futuros formadores, com a terceira a abranger a formação dos agentes no terreno e a última a recolha de dados.

Por sua vez, o diretor do INE reconheceu alguns desafios que se vão enfrentar durante o processo, solicitando maior colaboração dos administradores municipais, realçando sobretudo as dívidas às autoridades tradicionais ainda por pagar e referentes ao Censo Geral da População, realizado em 2014.

"Eu reconheço que temos uma dívida com as autoridades tradicionais (cerca de seis mil sobas), com os quais trabalhamos durante o Censo Geral da População (2014), mas dificuldades financeiras que se colocaram a partir de junho de 2014 levaram a essa situação, que espero que seja resolvida tão logo haja recursos", referiu Camilo Ceita, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

O censo agropecuário centra-se na recolha estatística, processamento e divulgação sobre a estrutura da agricultura, pecuária e pescas em todo o país.

O primeiro censo agropecuário foi realizado em Angola em 1961, na era colonial portuguesa.

NME // PJA

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