
"O Índice PMI Moçambique sinalizou uma deterioração mais forte durante janeiro, a produção e as novas encomendas caíram abruptamente, depois de quase terem estabilizado no final do ano passado, com as empresas a cortarem a despesa nas compras", lê-se num comunicado enviado pelo Standard Bank à Lusa.
O Índice do Poder de Compra das Empresas (PMI) mede a atividade empresarial, com os valores abaixo de 50 a significarem uma degradação das condições empresariais.
A queda de janeiro "indica uma deterioração sólida nas condições empresariais e foi a mais rápida dos últimos quatro meses", para além de ter sido a maior desde abril de 2020, lê-se ainda no comunicado.
O emprego, por outro lado, aumentou pelo terceiro mês sucessivo em janeiro, acelerando para o valor mais rápido em 12 meses.
Comentando os resultados, o economista-chefe do Standard Bank em Moçambique, Fáusio Mussá, disse que o país, "após um ano de 2020 que se revelou desafiante, iniciou também 2021 de modo conturbado", com o aumento dos casos de covid-19 no início do ano a, "provavelmente, diminuir o otimismo e limitar a recuperação económica".
Os possíveis atrasos nos projetos de gás natural levaram a que "as previsões do crescimento do PIB a médio prazo fossem revistas e passassem a apresentar valores mais conservadores", acrescentou o economista-chefe.
África registou nas últimas 24 horas mais 703 mortes por covid-19 para um total de 93.071 óbitos, e 14.644 novos casos de infeção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.609.519 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 39.879, para um total de 3.114.033 desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.253.813 mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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