"O Indicador do Clima Económico (ICE) prolongou a tendência decrescente que vem registando desde o primeiro trimestre de 2020, tendo o respetivo saldo atingido o nível mais baixo da respetiva série temporal", explica o INE no boletim dos Indicadores de Confiança e de Clima Económico relativo a setembro.

Apesar de o documento não fazer referência à covid-19, os dados refletem o impacto da pandemia.

"A conjuntura desfavorável deveu-se, tal como no segundo trimestre, à deterioração das expectativas de emprego e da procura que vem diminuindo pelo terceiro trimestre consecutivo", lê-se no boletim. 

Todavia, "ao nível mensal, o indicador mostrou sinais de recuperação entre os meses de agosto e setembro, mas não em magnitude suficiente para inverter o seu sentido" - o ICE fixou-se em 78,1 pontos em setembro, contra 76,6 em agosto e o mínimo histórico foi registado em julho com 74,8.

O valor máximo do ICE foi registado em fevereiro de 2015 com 104,1 pontos.

Os indicadores de Confiança e de Clima Económico constituem uma publicação mensal sobre a conjuntura económica de Moçambique, compilada com base num inquérito de conjuntura realizado também todos os meses pelo INE às empresas do setor não financeiro.

"O estudo expressa a opinião de agentes económicos acerca da evolução e perspetiva da sua atividade, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações de atividade", explica a autoridade estatística moçambicana.

Moçambique regista um total acumulado de 13.202 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 95 mortes e com 10.695 recuperados.

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