De acordo com os dados hoje divulgados nas Perspetivas Económicas Mundiais, no âmbito dos Encontros Anuais, que decorrem em formato virtual, a região deverá registar um crescimento negativo de 3%, melhor do que a recessão de 4,4% prevista em abril, e ligeiramente melhor que a atualização de junho do relatório, que apontava para uma quebra de 3,2% no PIB desta região africana.

Relativamente ao próximo ano, os analistas do FMI estimam agora um crescimento de 3,1%, três décimas abaixo da atualização de junho e um ponto percentual abaixo da previsão feita em abril, mostrando que a crise económica deverá ser mais prolongada do que o estimado no início da pandemia de covid-19.

No que diz respeito às economias lusófonas, o FMI prevê uma recessão de 4% em Angola este ano e um crescimento de 3,2% no próximo ano, mantendo as previsões que constam da mais recente avaliação ao programa de ajustamento económico em curso no país.

Para Cabo Verde, a estimativa aponta para uma queda de 6,8% no PIB e um crescimento positivo de 4,5% no próximo ano, tendência que se mantém na Guiné Equatorial e na Guiné-Bissau: recessão de 6% e 2,9% este ano e crescimento de 2,2% e 3% em 2021, respetivamente.

Também para Moçambique as previsões do FMI apontam para um crescimento negativo este ano (0,5%) e uma recuperação em 2021, ano em que estimam uma expansão do PIB de 2,1%, na mesma linha de São Tomé e Príncipe - recessão de 6,5% este ano e crescimento de 3% em 2021.

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