Segundo informação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que vai apoiar a execução deste projeto por parte do Ministério da Agricultura e do Ambiente cabo-verdiano, o objetivo é "promover a gestão sustentável da terra, a restauração da paisagem e soluções baseadas na natureza para melhorar a segurança alimentar e nutricional, os meios de subsistência e a resiliência", apoiando desta forma a concretização dos compromissos da Neutralidade da Degradação da Terra (NDT) do país.

A abordagem NDT pretende "evitar, reduzir, reverter" e permite a perspetiva e a atenção das partes interessadas de vários setores "para trabalharem juntos em questões de degradação da terra", com enfoque nas bacias hidrográficas de Ribeira Seca, Vale de Garça e Ribeira das Patas, em Cabo Verde.

O objetivo é propor "soluções baseadas na natureza visando a segurança alimentar e nutricional, meios de subsistência melhorados e resiliência, e gestão de dados de degradação da terra, informações, conhecimento e monitoramento do projeto", refere a mesma informação.

Promovido pela FAO e Fundo Global para o Meio Ambiente, o projeto "Rumo à neutralidade da degradação das terras para melhoria da Equidade, Sustentabilidade e Resiliência" em Cabo Verde foi aprovado em dezembro de 2021, com um financiamento de pouco mais de 2,1 milhões de dólares (quase dois milhões de euros), e a sua implementação será analisada hoje pelas partes envolvidas, na cidade de Praia.

Cabo Verde enfrenta mais de três anos de seca e de acordo com dados do Governo necessita de importar 80% dos produtos que consome, situação agravada pela escalada de preços no mercado internacional após a guerra na Ucrânia.

Criado em 1991, o Fundo Global para o Meio Ambiente é considerado um dos maiores financiadores de projetos ambientais no mundo, iniciativa de cooperação internacional por sua vez financiada pelo Banco Mundial para apoiar a proteção do meio ambiente global e promover o desenvolvimento sustentável.

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